terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Por que ficamos doentes?


"Adoecemos porque ficamos infelizes"

DR. VILSON SCHAMBECK

Sou dentista e trabalho com o público há muitos anos, e acredite, adoecemos porque ficamos infelizes. E só ficamos infelizes porque aceitamos o roubo de nossa felicidade. Você quer a receita do sucesso? A resposta é a nossa felicidade. Nos entristecemos no casamento, no local de trabalho, na vizinhança, porque deixamos que o olhar do outro exerça domínio sobre nós.
Precisamos mudar o paradigma. Sua felicidade lhe devolverá saúde. E você ao transmiti-la àqueles que te cercam, os contaminará com vida. No Brasil, os postos de saúde, de maneira geral, são postos de doença e depósitos de doentes. Tratamos a doença, mas não o doente. Temos os grupos de diabéticos, hipertensos, etc. Mas porque supervalorizar a doença?

Gostaria que em cada posto de saúde, houvesse também o grupo do sorriso feliz. Parece redundância mas não é, pois nem todo sorriso é feliz. Porque não fazer grupos onde os profissionais de saúde começassem a falar de doença por um viés diferente: A SAÚDE.
Falar para o diabético, hipertenso, desdentado, cardíaco, depressivo, que a luz no fim do túnel é descobrir a cada dia um novo trilhar. Ao invés de nos reunirmos numa sala e distribuirmos “dicas de saúde”, deveríamos caminhar com eles uma hora por semana: exercício é saúde.
Ao invés de dopá-los com ansiolíticos e antidepressivos deveríamos levar lazer às comunidades: CINEMA NO BAIRRO. Há milhões que nunca foram ao cinema. Por que não usarmos os nossos data-shows para exibir uma sessão de cinema quinzenalmente para adultos e crianças.

Por que fazer do profissional de saúde um operário fixo a uma cadeira, cercado de receituários, e um “horário a cumprir”. Se esta fosse a solução, não haveria cada vez mais doentes.
Precisamos mudar a estratégia. Precisamos pensar diferente, e olhar para o colega de trabalho como um aliado. Mas alguns cercam-se de “projetos”, para fugir à realidade.

Quantos médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos, nutricionistas, psicólogos, etc… desencantados e desiludidos por verem seus esforços resumirem-se apenas nisso: esforços.
Porque não conseguimos agir, pensar, falar como equipe? A verdade é que os profissionais de saúde adoecem ao perceberem que pensamos saúde de forma única, afinal, parafraseando, se o sistema (SUS) é único porque pensar?

VILSON SCHAMBECK é dentista e colaborador e leitor do Unisul Hoje.










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