As igrejas seriam em tese as responsáveis pela promoção da moralidade, da ética, da impessoalidade, da improbidade e da justiça. Muitos nos perguntam como o jornal Folha Evangélica tem coragem de denunciar agentes públicos corruptos? - A resposta é simples, se olhamos para dentro da Palavra escrita pelos homens inspirados por Deus, vamos encontrar versículos que denunciam a corrupção, as injustiças, e a opressão contra os fracos e oprimidos.
As igrejas, seus lideres tem a responsabilidade de alertar os fiéis sobre os perigos da corrupção e os males que elas causam a sociedade. A forma de expressão do primeiro século, que usava figuradamente os termos rico e pobre para se referir-se aos corruptos e opressores nos dão a chave para entendermos os conselhos de Deus, qual anuncia a destruição dos ímpios (corruptos).
A Palavra de Deus condena a opressão e a corrupção, exortando quanto à defesa dos pobres, desvalidos e necessitados. Deus se preocupa com as relações sociais, portanto, criou riquezas imensas e capacitou os homens a produzirem ainda mais. Deus condena a Omissão dos que fecham os olhos ou faz de conta que não vê! Exemplo, como pode a “Igreja” se associar com um Governo que faz vista grossa aos clamores da sociedade que grita por atendimentos básicos a saúde, educação e empregos?
O texto bíblico de Provérbios 24.11 e 12, apresenta uma importante advertência: "Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma?" Segundo o comentário da Bíblia de Estudo de Genebra, "ninguém pode usar a desculpa de ignorância para evitar a responsabilidade de ajudar os outros que está em necessidade". Deus sabe se realmente desconhecemos as situações de injustiça ou se simplesmente fingimos desconhecer; ou, ainda, se já nos acostumamos com elas, achando tudo normal. “Ai dos “pastores” que se dizem pregadores da Palavra que se omitirem em fazer justiça pelas suas palavras contra as injustiças contra os menos favorecidos”.
A Bíblia não condena o rico e nem o “político” que adquire bens de modo lícito e honesto. Em (Tiago) vemos a condenação daqueles que por serem ricos (políticos Poderosos), tornam-se opressores e corruptos. Tal condenação é mais severa, ainda, quando tais pessoas se dizem crentes em Jesus, e agem de modo injusto para com seus governados, empregados, assemelhados e outras pessoas de status inferior.
Lemos sobre o dever de ajudar o irmão pobre ( Dt 15.7,8). Mais enfático é o que o Senhor diz a Jerusalém e Judá: "Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas" (Is 1.17). No Salmo 82.3.4 está escrito: "Defendei o pobre e o órfão; fazei justiça ao aflito e necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios". Outros textos sobre o tema: Is 3.13-15; 58.6-8; Jr. 22.3-6; Mq 6.8; Ez 16.49,50; Zc 7.9.
Jesus cuidava do homem integralmente, provas é que multiplicou o pão por duas vezes (Mt 14.13-21; 15.29-38). Em Atos, vemos homens sendo escolhidos para cuidar dos carentes (At 6.1 -6); entre os primeiros crentes, não havia opressão nem exploração (At 2.44,45; 4.34). Quando disserta sobre os dons de Deus, a Bíblia fala sobre "o que reparte" (Rm 12.8); em Tiago está escrito que a verdadeira religião é "visitar os órfãos e viúvas" (ação social) e "guardar-se da corrupção do mundo" (Tg 1.27), repreendendo severamente os que se deleitam (v.5), condenando e matando o justo (v.6).
A Igreja, mesmo no sentido humano, não pode agir como fazem os partidos e os sindicatos, deixando se levar por um ativismo (Filosofia Doutrina que faz da atividade a essência da realidade; atualismo. Doutrina que admite algum tipo de oposição entre a ação e os domínios diversos do conhecimento, e que dá primazia à ação, primazia que comporta diferentes graus e definições.) somente político, empunhando bandeiras, e fazendo atos de protestos, Mas deve pregar e agir. pelos meios legais, lícitos, oportunos, convenientes e com fundamento bíblico, contra a opressão e a corrupção.
Para tanto, a Igreja precisa deve administrar corretamente os recursos financeiros de que dispõe, aplicando inteligente e honestamente os dízimos e ofertas, investindo em missões locais, nacionais e transculturais, cuidando dos necessitados, dos órfãos e das viúvas. Defendendo-os dos corruptos, ímpios e dos crentes opressores. Não devemos ter "visão de avestruz", que enterra o pescoço na areia para não ver o mal. Não adiantam combater usos e costumes, quando se fecha os olhos e fica em silêncio frente a opressão dos governos e dos poderosos.
“A Marcha para Jesus em Santa Catarina, precisa rever o conceito, pregar a palavra de Deus é abrir a boca contra as injustiças, abraçando a bandeira da advertência aos fiéis de que a corrupção é o pior mal, desde a fundação da raça humana”.
A Igreja, bem como os pastores, líderes religiosos, etc,.. Não podem se dizer seguidores de Cristo estando estes negligenciando e omitindo frente às injustiças que se agigantam ferozmente contra os direitos dos mais fracos e oprimidos, finalizo este editorial com a determinação de Deus as igrejas– “Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados” (Provérbios 31.8,9). Diante do que se assiste à volta, realmente muitos ficam desanimados, pois a impressão que se tem é que os injustos sempre prevalecem. Porém, a Palavra de Deus recomenda a prática incansável do bem, pois, mais cedo ou mais tarde, cada um ceifará o que tiver semeado (Gl 6.6-10).
José Santana
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