IVAIPORÃ/PR - Leitores, amigos e colaboradores, esta é uma história que parece não ser muito significante, mais é importante, por se tratar de um assunto relevante e especial, por várias razões, um deles é muito pessoal, “nasci nesta cidade”, minha família foram os desbravadores que no fim da década de 1950, migraram para um local conhecido como “sapecado” que em 1959, seria emancipado como a futura e promissora, ora batizada com o nome tupi-guarani (Ivaiporã/PR). “Significa rio da flor ou da fruta bonita”.
"SAPECADO EXPERIMENTO O SABOR DO DESENVOLVIMENTO"
Conhecida como terra de ouro, “plantava um litro de feijão e colhia-se uma saca de 60 kg ”. Nesta época de ouro a cidade atravessou grandes momentos, a população crescia e o desenvolvimento era visto “a olho nu” até 1970, quando atingiu o auge com uma população de aproximadamente 70 mil habitantes.
“A ESTAGNAÇÃO É FRUTO DA DESORGANIZAÇÃO SOCIAL”
A partir deste período Ivaiporã/PR, passou a ser administrada por “políticos sagazes e ardilosos utilizaram do poder da cidade para se locupletarem e se esqueceram de projetar o desenvolvimento”, causaram um grande déficit, somado ao êxodo, as baixas se agravaram ao logo dos anos, quais resultaram em grandes perdas de mão de obra para outras regiões. Em última análise, conjecturamos o óbvio para não ser precipitado, é necessário uma conjectura mínima em último grau para projetar o desenvolvimento de um pólo regional, quais necessariamente tem que estar unificadas nas posições geográfica e demográfica, condições favoráveis para assegurar o desenvolvimento sustentável deste bi pé. Dele nasce à base para formação de um tripé que conduz cidade, empresas e regiões ao desenvolvimento equilibrado. Neste quesito não há mágica, apenas estratégica pontuais quais obrigam casar a associação das matérias principais do bipé, geográfico com o demográfico qual formará um tripé sólido, fundado na educação, capacitação técnica e profissionalizante, mão de obra qualificada, ingredientes fundamentais para estabelecer, assegurar emprego e transferências de renda aos habitantes. Nota-se que a formação política e cultural das novas gerações é fundada nos traumas vividos pelos antecessores, familiares que migraram para os grandes centros, os patriarcas não projetaram perspectivas nos que permaneceram a esperança de resgatar ou pelo estancar o famoso bordão, “meus filhos migraram com eles se vãos os netos e bis netos”. Consultamos um matemático, na sua breve avaliação, uma cidade que na década de 1970, ostentava uma população de 70 mil habitantes, se as políticas públicas tivessem sido voltadas para garantia da qualidade de vida, isso inclui o fator TRIPÉ, a cidade teria evoluído para uma população de aproximadamente 140 mil habitantes nas três décadas seguintes. Exemplificando, estaria semelhante à cidade de Apucarana/PR.
“A ESTAGNAÇÃO PODERIA TER SIDO EVITADA”
A como evitar a estagnação, neste quesito, é claro que sim, poderia ter sido evitado, o desenvolvimento de uma cidade às vezes passa despercebido, na maioria dos exemplos no Brasil, nota-se e, pode-se diagnosticar uma série de eventos que colaboraram para a estagnação de economia pujante, perderam o objetivo e caíram em ruínas. No entanto, cidades mal administradas, com políticas voltadas aos privilégios e a corrupção, se torna endividadas, fazem maus negócios, gastando mais do que arrecadam e, geralmente, o resultado é catastrófico, falência do sistema público que arrasta a iniciativa privada para o mesmo beco sem saída. Nesse quesito, Porto Alegre/RS que esteve à beira da ruína há poucos anos, agora tem contas equilibradas e realiza importantes obras, sendo a principal delas a de saneamento, com o tratamento de cerca de 80% do esgoto cloacal.
“A desorganização cultura e social são fatores relevantes para denominar uma região da outra, Europa, da África, do continente Norte Americano do Sul Americano”
Um dos fatores cruciais que concorre deliberadamente contra a economia de uma cidade, é a perda de credibilidade, quando os cidadãos perdem a confiança nos gestores, a insegurança jurídica e social são os primeiros a dar sinais que a cidade está perdendo o rumo e pode caminhar como um barco deriva. Ivaiporã/PR, deixou de receber o apoio do governo estadual e do federal e ainda se deparou com uma queda importante na arrecadação. Mesmo que os dados demonstrem um pequeno aumento resultado do crescimento econômico dos últimos oito anos, proporcional, ele foi relativo e distante do que poderia arrecadar, posto que a confiabilidade dos contribuintes então em baixa, somada a falsa expectativa de crescimento, são ingredientes fomentadores da desorganização político social que resultam na estagnação.
O que não se deve fazer perpetuar os vícios de origem, dar margem falta de transparência, são ingredientes químicos fatais para aniquilar com a gestão de grandes negócios, a exemplo, inclui cidade no rol das gestões equiparada as grandes administrações, por envolver diretamente o dinheiro do contribuinte. “Dinheiro público”. Uma cidade tem que ser gerenciada como uma empresa com responsabilidade de gestão pública: Vejamos um exemplo de falência que se assemelha a uma cidade administrada seguidamente por grupos que inspiram confiança ou quando são seguidamente golpeadas pelas ações de cassação e alto percepção de corrupção, desvios de finalidade e propósitos, aversão à lei de responsabilidade fiscal, seqüências de gestões com vícios de origem e ímproba.
“EXEMPLO DE RUÍNA AO NÃO SER SEGUIDO”
Na sétima posição do ranking das maiores empresas do mundo foi à ruína por fraude contábil Enron: Criada em 1985, a distribuidora de energia Enron superou em 2000 a incrível marca de US$ 100 bilhões em receita, o que a colocou na sétima posição do ranking das 500 maiores empresas do mundo elaborado pela revista Fortune. No ano seguinte, no entanto, a Enron ruiu. De acordo com declarações dos promotores que se debruçaram sobre o caso, a Enron utilizou “truques contábeis, ficção, abracadabra, trucagem, declarações enganosas, meias-verdades, omissões e mentiras deliberadas” em uma série de fraudes que inflou os lucros da companhia.
“COMO RECUPERAR UMA CIDADE DA ESTAGNAÇÃO E DEVOLVÊ-LA A SEU CURSO NATURAL DE DESENVOLVIMENTO”
Ivaiporã, já foi administração por diversos tipos de gestores, vindo da mais alta e ilibada conduta, promotor, padre, advogado, madeireiro, picareta e agora se tem um professor, “a esperança é última que morre”.
Atualmente vem sendo administrado pelo petista Ciro (PT), ex-vereador que teria deixando a cidade em busca de novos horizontes, e que ao perceber a oportunidade regressou com uma proposta aos eleitores, que analisaram entre o pior ou quem era o melhor o conduziu ao acento mais importante da cidadela.
Voltando a década de 1970, Ivaiporã/PR, chegou a ser referência como maior produtora nacional milho, feijão, algodão, etc. Chegou mesmo a ser chamada de capital mundial do milho. Hoje a cidade não ostenta nenhum título, a não ser a cidade que sofreu o maior êxodo rural do Paraná.
Passaram-se três décadas de perdas e fica a pergunta Ivaiporã/PR desenvolveu? - bom alguns dizem que sim, outros defendem que a cidade está anestesiada, parada no tempo. Vamos aos números. No último senso do IBGE de 2010, ouve um decréscimo populacional de 32 para 28 mil habitantes, a cidade perdeu cidadãos contribuintes para os grandes centros, isso deduz que a cidade não gerou postos de trabalho o suficiente para segurar a população em sua origem.
Em Ivaiporã/PR, as atividades produtivas, ou seja, aquelas que geram renda, por questões históricas decorrentes do processo de desenvolvimento econômico do país, estão concentradas em sua maior parte no extrativismo, agricultura, pecuária e na indústria relacionada a estes segmentos. Logo após vem o comércio e serviços, que se desenvolve como consequência do crescimento dos setores mencionados.
Resgatar através da cultura seria um dos principais veios debatedores para garimpar ideias, formatar projetos, onde todos indenpendente das classes sociais possam contribuir para reativar a liderança e projetar a cidade para os trilhos do desenvolvimento. É preciso sensibilizar as pessoas para um assunto novo, que é a Economia da Cultura. Segundo o artigo do Sebrae "O Panorama do Setor do Brasil, as atividades de criação, produção, difusão e consumo de bens e serviços culturais representam hoje o setor mais dinâmico da economia mundial, que tem registrado crescimento médio de 6,3% ao ano (enquanto o conjunto da economia cresce a 5,7%)”. Apesar de não haver informações totalmente sistematizadas sobre o seu impacto na economia brasileira, a cultura é responsável por aproximadamente 4% do PIB e é reconhecida como um eixo estratégico de desenvolvimento.
“Sem voz em favor da cultura a tendência a nascer o fundamentalismo ideológico da desesperança”
É preciso que alguém, que pode ser inclusive você que está lendo este texto, comece a apresentar estes conteúdos para formadores de opinião que ocupam cargos de gestão no seu município, legisladores, pessoas que exercem liderança na iniciativa privada, para a importância de desenvolver o seu município através do fomento da cadeia produtiva da cultura. Isso significa investir o seu tempo produzindo encontros e publicações mostrando os benefícios de se destinar recursos financeiros para criadores e produtores culturais, centros culturais, centros de educação e formação de produtores culturais e técnicos de produção das artes, organizações de fomento ao empreendedorismo cultural, formação de críticos culturais, desenvolvimento do jornalismo cultural, turismo cultural, turismo ambiental e cultural, festivais regionais, artesanato e formação de platéia.
Você já ouviu essa frase muitas vezes o Brasil é povo sem cultura, portanto é atrasado, ou sem cultura é impossível se desenvolver? Para isso sugiro, leia também o livro; Economia Criativa como estratégia de desenvolvimento: Uma visão dos países em desenvolvimento.: http://www.garimpodesolucoes.com.br/downloads/ebook_br.pdf
“SEM CULTURA A INGORÂNCIA GERA ENTRAVES”
Vamos conjeturar, os ivaiporaenses vem todos os dias na TV falar em diversas atividades e em desenvolvimento em várias partes do Brasil, às vezes comentam e até criticam “porque aqui não acontece nada”. Vamos pensar, e levar um palestrante de ideias inovadoras para Ivaiporã/PR, onde os convidados são vocês a ao final haverá uma apresentação teatral, entre outras atividades, você iria? - vejamos; “neste dia, o tema seria falar sobre o que não temos e o que se tem deve ser melhorado” – como fazer para iniciar um processo, onde as pessoas possam participar sem gerar confrontos políticos e ideológicos.
Como isso poderia ajudar no desenvolvimento da cidade, vejamos um exemplo, A Festa da Uva, ou Festa Nacional da Uva de Caxias do Sul, é uma festa brasileira da cultura italiana e da produção agroindustrial regional que acontece a cada dois anos no município de Caxias do Sul, estado do Rio Grande do Sul.
Vejamos que Caxias do Sul/RS encontrou um mecanismo estratégico para divulgar as suas potencialidades, a festa da Uva é o carro chefe para reunir a cultura local, com isso reúne desde 1881, data da primeira festa, até os dias de hoje, a comunidade local gira em torno de um objetivo, expor sobre a vitrine dos olhos dos visitantes o derivado da Uva, o vinho, a sua poupa, etc. Com isso, outras ramificações da agroindústria se expandiram se tornou referencia no Brasil e no Mundo, de onde sai os melhores vinhos.
Ah! Você pode contra argumentar, mas Caxias do Sul/RS, já é uma cidade desenvolvida tem recursos para fazer acontecer, bom, você está enganado, vejamos como tudo começou, com o crescimento da colônia, estas primeiras festas agrícolas dispersas foram fundidas em uma única, a Feira Agroindustrial, realizada em 1881, que ocupou duas salas no edifício da Diretoria de Terras.
Bom! Vamos trabalhar com outro argumento, qual cidade de Santa Catarina, com a mesma população, proporcional a de Ivaiporã/PR, 30 mil habitantes que pode ser usada de exemplo, sinceramente, quase todas, se despontam em alguma atividade para expor a sua cultura.
São João Batista/SC, é um exemplo a ser seguido, se formos olhar, por cima, os seus 17 mil habitantes. Mas tem força: são 150 fábricas do setor calçadista que compõem a força industrial do município, transformando-o no maior pólo calçadista de Santa Catarina, o quarto do país. São João Batista exporta tanto para países da Europa e para os EUA como para demais países latino-americanos, como Panamá, Costa Rica, Guatemala, Colômbia, Porto Rico e Chile. Terra do Calçado, São João Batista reúne milhares de pessoas durante a FECCAT - Feira do Calçado Catarinense.
“A CULTURA PODE SER A SALVAÇÃO DA LAVOURA”
“Quero lembrar que Ivaiporã, no quesito político falhou, posto que tiveram no mais alto escalão do poder Executivo o Governador do Estado, friso, tudo o que se dizer advindo de promessas políticas é demagogia discurso ardiloso orquestrado para suprir interesses de poucos, posto que a oportunidade passou nas mãos da cidade e foi desperdiçada”. Fundamento e não teorizo o desenvolvimento de Ivaiporã/PR não virá pelos veios políticos, ela deverá de acontecer quando os seus cidadãos acordar para a cultura e como políticas públicas aplicar o remédio certo na enfermidade, para revolucionar a massa cinzenta dos milhares de moradores os quais descobriram que a geração de empregos e renda deverá de surgir pelas próprias ferramentas utilizadas diariamente pelos seus.
Citamos inúmeros exemplos, agora vamos ao que nos interessa o que fazer para Ivaiporã/PR cidade considerada pólo administrativo do Vale do Ivai, em uma cidade em pólo de desenvolvimento, geração de empregos e renda. “Bem com conhecer das raízes locais não vou influenciar no resultado da camada pensante”, vou apenas resumir; por onde começar já citamos inúmeras dicas, poderia iniciar com a reativação “Expovale”, seria unir todas as festas da cidade num único evento, isso significa gasto de dinheiro público, é obvio que sim, demanda investimentos, mas o retorno a médio longo prazo pode ser triunfante, gostaria de lembrar que para iniciar um movimento desta proporção não é necessários ter um manual a bordo, lembro que, quem se encarregará de dar brilho a iniciativa são as raízes da cultura, relembro, “a cultura não tem matriz e nem dono,” a festa deve ser original da cultura do povo. Exemplo, como a região tem muitos esportistas, seria de bom alvitre, elaborar um campeonato de futebol para todas as categorias, que envolva necessariamente as cidades da região, as premiações e o calendário deve obedecer à data da festividade, se surgir muitas equipes o campeonato pode se iniciar antes dos festejos, para isso, seria interessante, promover em todas as categorias os concursos de rainha infantil até a idosa para representar a festa em todos os eventos do município. Neste período a cidade deve movimentar todos os seguimentos, expor de forma simples a cultura e embutida na imagem expor na mídia as potencialidades da cidade e a cultura da sua gente.
O Resultado pode ser o equivalente a abertura de uma nova expectativa de desenvolvimento, associada à cultura qual se encarregará de fomentar a exposição que consequentemente o interesse de investidores na cidade vai crescer, assim nascerá às pequenas empresas que no futuro muito em breve poder fazer desta cidade um pólo industrial, aliada a sua forte vocação para o agro negócio e industrial, abrir as fronteiras e captar investimentos para promover a tão sonhada cidade industrial do centro do Paraná.
Um forte abraço a todos os ivaiporaenses espalhados pelo Brasil especialmente para os moradores da cidade, os quais serão os principais responsáveis pelo sucesso ou não desta cidade.
José Santana
Informações técnicas da cidade:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ivaipor%C3%A3
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