segunda-feira, 20 de junho de 2011

QUADRILHA QUE ROUBAVA SAÚDE É PRESA EM SOROCABA, SÃO PAULO

Quadrilha presa por fraudes no Conjunto Hospitalar em Sorocaba agia em outros 11 hospitais do estado. Segundo o Ministério Público, nos três anos de atuação da quadrilha, cerca de 300 mil pessoas podem ter sido prejudicadas

A polícia começou a ouvir na tarde desta quinta-feira (16) as pessoas detidas durante a "Operação Hipócrates", que desarticulou uma quadrilha que atuava em hospitais públicos do estado de São Paulo. A polícia fechou um andar inteiro do Hospital Leonor Mendes de Barros, em Sorocaba. No local funciona o setor administrativo do Conjunto Hospitalar, que engloba também o Hospital Regional.

As instituições atendem 3 mil pessoas por dia e são referência para 48 cidades, num total de 2 milhões de habitantes. A denúncia de uma funcionária deu origem à operação que resultou na prisão de 12 pessoas suspeitas de participar de um esquema de fraudes em licitações e pagamento por plantões que nunca eram realizados.
Também foram cumpridos mandados de busca em outros 11 hospitais de São Paulo. Segundo o Ministério Público, nos três anos de atuação da quadrilha, cerca de 300 mil pessoas podem ter sido prejudicadas.

Cerca de 70 pessoas também estão sendo investigadas. Entre elas, médicos e enfermeiros que, segundo a polícia, chegavam a receber por plantões feitos em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. Alguns médicos chegavam a receber R$ 15 mil por mês sem atender um único paciente. Segundo a polícia, em Sorocaba o esquema teria desviado cerca de R$ 2 milhões.

Pacientes e funcionários acreditam em melhora no atendimento após prisões no Hospital Regional

Após as denúncias de fraudes no Hospital Regional que acabaram na prisão de 12 pessoas, ] a sensação nesta segunda-feira (20) era de alívio entre os pacientes e funcionários da unidade. Eles acreditam que o atendimento vai melhorar depois da investigação da polícia e do Ministério Público.

A cópia da papelada que contém as informações sobre as denúncias das fraudes no Hospital Regional está com representantes do Conselho Regional de Medicina desde outubro do ano passado, mesma época em que o Ministério Público recebeu as acusações. O CRM abriu uma sindicância para apurar as supostas irregularidades, mas até agora nada foi concluído. O presidente do conselho, João Márcio Garcia, alega que o prazo é de até 5 anos.

Segundo a investigação da Polícia Civil e do Ministério Público, as fraudes podem ter prejudicado mais de 300 mil pessoas. Um dia após a ação da polícia, a situação em frente à unidade era a mesma para quem precisava de atendimento, reclamações e decepções.

Muitos pacientes que chegaram no Conjunto Hospitalar para serem atendidos conversaram com a equipe de reportagem da TV Tem para comentar as suspeitas, falar sobre as acusações. Uma funcionária do hospital que não quis se identificar, disse que a situação no hospital é de tranquilidade. A expectativa é de melhorias com o afastamento dos envolvidos nas denúncias de fraudes.

Um comentário:

Anônimo disse...

A alta cúpula da Secretaria da Saúde do Sstado sabia de tudo e acoitava toda a safadeza.Eles fazem rodízio de cargos entre eles. Basta Investigar e se verá que são sempre os mesmos que ocupam altos cargos na Secretaria de Saúde, com esquema de diárias e plantões falsos, além de licitações fraudulentas...