A demanda sexual é incentivada e estimulada por uma oferta cada vez mais atraente. O mercado amplia-se e vai se diversificando: uma internacionalização da oferta, com garotas cada vez mais novas, provenientes dos quatro cantos do globo, vem atraindo novos clientes. Com este afluxo de migrantes do sexo, alimentado pela sede de consumo, a rotação das garotas está garantida. Objetos de todo tipo de tráficos, os corpos são disponíveis e prestativos. Por tarifas cada vez mais baixas, conforme manda a concorrência.
Já o sucesso crescente do turismo sexual feminino mostra que, em relação a esses pontos, a mulher vem adotando um comportamento similar ao do homem, repetindo as mesmas representações sobre o poder, a dominação e a exploração. A este respeito, parece apropriado aproximar – no plano essencialmente simbólico – de um lado, o “turista organizado”, que entregou a organização da sua viagem a uma agência ou um “tour operator” e, de outro, o “turista sexual”.
Não raro o turista organizado exime-se de toda responsabilidade no exato momento em que pisa o solo do seu destino exótico. Foi o que deu a entender um viajante que, recém-desembarcado no aeroporto de Hanói no Vietnã, explicou o seguinte: “Pronto, eu acabo de aterrissar. Daqui para frente, estou entregando meu destino dessas próximas semanas nas mãos do meu guia. Eu estou cansado demais por causa do meu trabalho. Durante essas férias, não quero mais pensar, mas apenas me deixar levar!”. É verdade que não havia nessas explicações nenhuma segunda-intenção sexual, mas outros turistas perceberão facilmente a ligação, e então darão o passo.
CONHEÇA A ROTA DO TRÁFICO:
Nenhum comentário:
Postar um comentário