sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dirceu Dresch vai coordenar Frente Parlamentar Catarinense das Ferrovias


1º de abril

A Frente Parlamentar Catarinense das Ferrovias foi reinstalada hoje (31), às 10h, na Sala de Imprensa da Assembleia Legislativa, com a presença de lideranças de todo o Estado. O deputado Dirceu Dresch (PT) e o deputado Antônio Aguiar (PMDB) foram aclamados coordenador e vice-coordenador, respectivamente. Ao final do encontro, que teve grande participação dos parlamentares, vereadores, prefeitos e entidades , foi anunciada a elaboração de um calendário de eventos regionais cujos locais ainda serão definidos.
O coordenador afirmou que o Brasil acordou para a importância das ferrovias. “Agora é necessário tornar realidade obras importantes para Santa Catarina como a Ferrovia da Integração, ligando litoral ao Extremo-oeste, o ramal interestadual norte-sul, ligando Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, e  a Ferrovia Litorânea, ligação entre os portos de São Francisco do Sul, Navegantes, Itajaí e Imbituba. Além disso, defendemos a reativação das operações em  trechos ferroviários que foram abandonados com a privatização do sistema, como é o caso da Ferrovia do Contestado”. O parlamentar também ressaltou a importância de resgatar no país o transporte ferroviriáo de passageiros, além do de carga.
“As ferrovias no Brasil têm sido deixadas de lado, embora a sua revitalização seja a única maneira de resolver o problema do transporte de tráfego pesado, desviaar ndo-o das rodovias. Hoje, o patrimônio da Rede Ferroviária Federal de Santa Catarina está sendo vilipendiado em todo o Planalto Norte, em cidades como Mafra, Canoinhas, Caçador e outros”, disse Aguiar.
O deputado Darci de Matos (DEM) indicou seu colega de partido, deputado Jorge Teixeira, como representante da bancada democrata na Frente. Eles afirmaram ter grande interesse no trecho litorâneo que liga os portos catarinenses. “O Brasil é o único país onde a malha ferroviária encolheu”, lamentou. O deputado Sargento Soares (PDT), que participou da mesma Frente no mandato anterior, chamou a atenção para a importância de acompanhar a construção do trecho Itajaí – Chapecó, hoje em fase de licitação.
Também demonstraram interesse de participar da Frente os deputados Dado Cherem (PSDB), Volnei Morastoni (PT), Sílvio Dreveck (PP) e Angela Albino (PCdoB). A deputada Luciane Carminatti (PT) prestou seu apoio à iniciativa, assim como o deputado Joares Ponticelli (PP). Ligar a estrada Teresa Cristina – uma linha isolada com apenas 16 quilômetros de extensão – a outro ramal foi o desafio apresentado pelo parlamentar: “Se não mudarmos o eixo de investimento as duplicações das BRs nunca serão suficientes”, alertou.
Lideranças 
Além do transporte de cargas, o transporte de passageiros mobilizou a discussão. O tema foi levantado pelo membro da Comissão Pró-Ferrovias do Vale do Itajaí, Eldon Egon Jung. A Comissão defende ainda a construção de ciclovias ao longo das estradas de ferro para incentivar o turismo ecológico.

O vice-prefeito de Blumenau, Rufinus Seibt (PMDB), falou do empenho da cidade em restabelecer as ferrovias da região. Ele declarou que o projeto tem apoio da ACIB – Associação Empresarial de Blumenau. A Associação Empresarial de Itajaí (ACII) também enviou representante, assim como vários municípios interessados em restabelecer os trechos e recuperar os imóveis da rede ferroviária, abandonados ao longo dos anos pelas concessionárias.
Histórico 
A primeira ferrovia brasileira foi inaugurada pelo imperador Dom Pedro II em 1854, com 14,5 quilômetros de extensão. O período entre os anos 1930 e 1960 foi o auge das ferrovias como o principal meio de transporte de pessoas e mercadorias. Em 1958, no governo de Juscelino Kubitscheck, foi criada a Rede Ferroviária Federal S.A., centralizando toda a malha nacional, na época com cerca de 38 mil quilômetros.

Durante a ditadura, o sistema foi abandonado a ponto de retroceder à extensão da década de 1920: cerca de 25 mil quilômetros. A partir de 1996, a operação da Rede Ferroviária Federal S.A. foi transferida para a iniciativa privada. Atualmente, existem 28.522 quilômetros de linhas de tráfego no país.

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