Itapema: Quando o vereador Giliard Reis, declara em uma reunião que quer buscar o entendimento e o respeito pelo Legislador, Ele toca numa ferida, como chefe do legislativo, tão logo denuncia o desrespeito do chefe do “Executivo” de não receber os legisladores e nem muito menos atender as suas preposições. Neste caso cabe-me abordar a seguinte frase, "Todo povo tem o governo que merece". Apesar de ser um dito popular, cabe como uma luva para refrescar a memória dos itapemenses. No fundo, a expressão “tem o que merece” não critica os maus governos, mas sim aos responsáveis pela eleição de seus representantes.
Isso equivale dizer que, na maioria dos casos, o povo também é omisso e se deixa influenciar; seja porque não quer participar do Governo a que tem direito; seja porque depois de tantos anos de engodos e de enganos, já não acredita mais nos mecanismos legais a que tem direito; seja porque esse mesmo povo passou a perceber que aqueles que eles elegeram como seus representantes, são na verdade, partes integrantes desse sistema falido. Isso quer dizer que grande maioria da população não acredita que o governo tem responsabilidade com o futuro da cidade e essa omissão é a arma principal que liquida qualquer forma de governo, neste caso a participação do povo no governo não é prioridade, e quando isso acontece às ações de governo passa a ser ineficiente a ponto de deixar de existir. Para chegarmos nesta conclusão tivemos que fazer uma pesquisa, através de uma enquete elaboramos a seguinte questão: Se você precisar do governo municipal qual é a chance de ser correspondido dentro do prazo da eficiência” Exemplo: Saúde, educação, segurança e infraestrutura? Ouvimos 99 pessoas, apenas 6% confia. 94% desconfia do governo Bussanello, e que não será atendido dentro do prazo da eficiência. Porém, não é isso que o povo vê essa desconfiança já vem desde emancipação da cidade, a corrupção e o desmando formaram na opinião do cidadão que o Governo “prefeitura” não tem interesse na manutenção e permanência “Dele” na comunidade. O cidadão vê, na verdade, seus líderes serem afastados por conivência com a corrupção; com os escândalos diversos (todos intitulados, como se fossem uma espécie de classificação), até a participação efetiva nas maracutaias, sempre com o intuito claro de beneficiamento próprio (o que caracteriza improbidade administrativa) e até para beneficiar, principalmente, os grandes grupos e seus interesses comuns.
Entretanto, o povo, ele mesmo, promove a ascensão dos que só pensam em se darem bem com o erário público quando se deixa enganar pelas falsas promessas que vem sempre atrelada as propinas, ou quando se deixa enganar porque acha que uma 'andorinha' só não faz verão e não se sente culpado por aquilo que está acontecendo. Se não é com ele o problema, tão logo não se preocupa com a importância da sua participação no governo local. Exemplo: se está tudo bem com a sua saúde, a sua rua está pavimentada, tem luz, água e saneamento. Porque ir ver os problemas dos outros, se esquece que o dinheiro que arrecadado pelo município sai do seu bolso, não se preocupa em verificar se está sendo bem aplicado, vira as costas, só se volta quando surge algum problema na sua área, exemplo, quando lama bate a sua porta.
Chegamos o ponto exato, ai o sujeito acorda e passa a perceber que uma andorinha só não faz verão, um dito popular para chamar a atenção das pessoas que não fazem coro contra aquilo que lhes afligem. Quando analisamos que 94% dos itapemenses não confiam no chefe do Executivo, subtende que o governo fracassou e o povo fica apenas as espera de uma renovação, mas não vai atrás destas transformações, elas esperam que venha pelos veios artificiais da política, o que acaba muitas das vezes o povo caindo no mesmo engodo. Concluído, a palavra “andorinha” serve perfeitamente para todos os itapemenses, que estão inertes frente à desconfiança e a insegurança, continuam isolados sem se libertar das amarras que o sistema de Governo implantou como certo, “mesmo com 94% de desaprovação os cidadãos permanecem paralisados a espera de um milagre.
O povo deve compreender que o governo que ele merece não é esse!; precisa acordar e entender que as “autoridades” que estão sempre sendo citadas em casos de corrupção e favorecimentos devem perder o poder de manipulação da informação, o Povo tem que construir e aprender a converter a informação manipulada de interesse escusos em verdadeira ferramenta de eliminação pública de pessoas que utilizam o bem público em detrimento da maioria. È preciso atingir a maturidade para democratizar a participação de todos no orçamento do município, todos devem estar incluídos no processo, assim eliminará todos e qualquer tipo de ranço e picuinhas elevando a qualidade dos administradores ao grau de homens sérios. O que infelizmente ainda não atingimos! -
Para mudar esse quadro preocupante é preciso que os vereadores legislem com probidade e fiscalizem com isenção todos os atos de “autoridade do Executivo”. As demais Instituições do Ministério Público e do Judiciário, que tem como função dirimir as questões e vigiar o emprego da eficiência pública em defesa da sociedade, cabe estar atento aos desvios de finalidades e quando surgir dúvidas, denúncias e rumores, investigar com imparcialidade se mantendo sempre atentos ao Art. 37 CF.A satisfação do bem comum dever ser o objetivo a ser atingido por todos, portanto, o comportamento das Autoridades não poderá ser divorciado de tais finalidades que não seja atingir este cenário que imaginamos. Para satisfazer a expressão de que todo o Poder é emanado do Povo para o Povo, deverá interpretar o bom administrador, a distinção entre o honesto e o desonesto, do justo e do injusto. A retidão, a probidade, a honestidade decorrem da moralidade administrativa e não se conseguem atingir níveis de desenvolvimento humano e intelectual de um povo sem assegurar a liberdade incondicional de todos de participar de todas as decisões que envolvem os governados. Quando os representantes do povo perdem a sua legitimidade frente ao Executivo, significa em grosso modo que o Poder que o emana Povo foi retirado da Autoridade “Bussanello” e retorna nas mãos do Povo e certamente vão sentenciá-lo na primeira oportunidade que tiverem... Isto é liquido e certo quem despreza as lideranças, os formadores de opinião e desdenha da força de gente humilde, certamente cava a sua própria cova.
José Santana.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Editorial: Itapemenses subestimam a força da união
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